Procedimentos e Patologias: O que é Pé Diabético?
Segundo dados recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de dezesseis milhões de brasileiros sofrem de diabetes, uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar corretamente a substância produzida. Ainda segundo o estudo, a taxa de incidência da doença cresceu mais de 60% nos últimos dez anos, e o Brasil ocupa a 4ª posição no ranking mundial de países com o maior número de casos.
A obesidade, o sedentarismo e a alimentação inadequada exercem um papel importante neste aumento, e, dentre as inúmeras complicações decorrentes da doença está o pé diabético, um problema de ordem circulatória causado por uma ferida que infecciona e não cicatriza, tornando-se uma úlcera diabética. Isso ocorre devido ao estreitamento das artérias, o que dificulta tanto a oxigenação quanto a nutrição dos tecidos.
O fato é que com uma circulação ruim, algumas lesões da pele como pequenos cortes e escoriações, podem não cicatrizar adequadamente. No caso dos pacientes com diabetes mal controlado, ou seja, com níveis glicêmicos fora do padrão, essas feridas podem infectar, levando ao pé diabético infectado, que é das complicações mais comuns.
Ainda de acordo com a OMS, cerca de 60% dos casos de diabéticos no Brasil correspondem a pacientes com idade acima de 60 anos, e, deste grupo, metade apresentam o pé diabético. Comumente, os primeiros sintomas são pés frios, pele seca, descamativa e arroxeada, má percepção de pressão, perda de pelos e pulso fraco nos pés, sinais de que não estão recebendo sangue suficiente.
A maior parte dos diabéticos só percebe a gravidade do problema quando a má percepção de pressão atinge seu auge, o que facilita a má distribuição do peso do corpo sobre os pés, causa desconforto ao caminhar e proporciona o aparecimento de pontos de pressão calorosos e feridas na pele, tecidos moles, articulações e ossos. Outros sintomas comuns do pé diabético são fraqueza nas pernas, sensação de formigamento frequente e dormência.
Por fim, as principais armas contra a patologia são a prevenção e um tratamento adequado quando diagnosticada. É imprescindível que os pacientes portadores de diabetes realizem o controle constante dos níveis de glicose, seguindo à risca o tratamento recomendado pelo especialista. Além disso, cuidados simples como utilizar sapatos adequados, não retirar calos e consultar-se regularmente com um Angiologista e Cirurgião Vascular são fundamentais!